Enquanto R.E.M. sai de cena, Nirvana triunfa sobre a morte

E ponto final. Com apenas um comunicado publicado em seu site, a banda R.E.M. se despediu de seus fãs na última quarta-feira (21). Depois de 19 discos e 31 anos se reinventando, Michael Stipe, Mike Mills e Peter Buck resolveram parar. O grupo avaliou que a sua contribuição para o mundo musical havia se esgotado.

“Espero que nossos fãs percebam que não foi uma decisão fácil, mas tudo deve ter um fim, e nós quisemos fazê-lo da forma correta, do nosso jeito”, sentenciou Stipe na página oficial do trio.

No mesmo 1991 em que “Nevermind”, do Nirvana, chegava às lojas, Mike Mills, Michael Stipe e Peter Buck (da esquerda para a direta) lançaram “Out Of Time”, sétimo álbum do R.E.M. (Divulgação)

Se por um lado a decisão nos parece triste, por outro é poética e libertadora. Se nem as máquinas operam bem num moto-contínuo, quem desejaria ser apenas uma engrenagem no mundo da Pós-Modernidade? Ninguém. Muito menos astros de rock que, em troca de seu trabalho, recebem milhões de dólares e viajam por todo o planeta.

Enquanto alguns saem de cena com charme e dignidade, outros retornam a ela com pompa e paetês.

Smells Like Teen Spirit & Losing My Religion
“Nevermind”, que é o segundo álbum do Nirvana e é considerado o melhor disco de rock da década de 1990, completará 20 anos no próximo dia 27 de setembro.

Para comemorar a data, uma enxurrada de reedições de luxo e materiais inéditos como o concerto “Live At The Paramount” chegará às lojas. O grupo encerrou suas atividades em 1994 porque o vocalista e guitarrista Kurt Cobain se suicidou.


A cada cinco minutos, a mídia especializada vibra e publica matérias sobre o disco que carrega os hinos “Come As You Are”, “Smells Like Teen Spirit”, “In Bloom” e “Lithium”.

Ainda no longínquo 1991, o R.E.M. lançou “Out Of Time”. O álbum recheado de faixas alegres e de tom sentimental catapultou a banda ao mainstream, ao sucessão. Músicas como “Losing My Religion”, “Shiny Happy People” e “Radio Song” fazem, com certeza, parte da trilha sonora de quem tem mais de 27 anos.


Apesar de seus também 20 anos e de sua importância, “Out Of Time” não foi tão festejado pela imprensa do ano 2011. Talvez porque o trabalho tenha um viés mais comercial e o sucessor – “Automatic For The People” – ganhou status de obra-prima desde seu lançamento, em 1992.

E a vida, que adora tramar coincidências impensadas e encontros incríveis, cruzou os destinos do R.E.M. e do Nirvana por mais uma vez. O primeiro com o fim de uma existência gloriosa. O segundo com o triunfo sobre a morte. E, a partir de agora, setembro de 2011 abarca mais duas datas marcantes no mundo do rock.

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Debora de Lucas


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