Sociólogo Demétrio Magnoli destrincha jihadismo da Al Qaeda em livro

Livre de preconceitos e sem papas na língua, o sociólogo Demétrio Magnoli destrincha o jihadismo da Al Qaeda no livro Terror Global (Série 21, editora Publifolha).

O título de apenas 80 páginas mescla fatos históricos a recentes para explicar o surgimento do movimento terrorista, outrora comandado por Osama Bin Laden (1957 – 2011), e o seu pior atentado, o 11 de Setembro.

Título de Demétrio Magnoli esmiúça jihadismo da Al Qaeda/Reprodução

Título de Magnoli esmiúça jihadismo da Al Qaeda/Reprodução

Ao longo da obra, o leitor vai se deparar com argumentações bem amarradas que lançam mão do Corão, do califado de Ahmed ibn Hanbal (780 – 855), do surgimento do IRA (1919) e até mesmo da Reforma Protestante (1517) e do Iluminismo (século 18) para analisar os atuais
atos de violência.

O terror almeja as manchetes dos jornais
Nem a mídia escapa do exame do doutor em Geografia Humana, pela Universidade de São Paulo (USP), e colunista do Estadão e d‘O Globo.

Segundo o autor [@demetriomagnoli], o terrorismo contemporâneo nasceu juntamente com o desenvolvimento das comunicações e da imprensa modernas no século 19.

“Os terroristas querem, antes de tudo, que sua causa seja notícia. O terror almeja as manchetes dos jornais”, sentencia o pesquisador do Grupo de Análises de Conjuntura Internacional (GACInt) em um trecho do volume.

Magnoli também dá um puxão de orelha na atual política externa brasileira. Para o escritor, a omissão do Brasil na votação da resolução contra à difamação religiosa, proposta por países islâmicos à Organização das Nações Unidas (ONU) em 2008, é vergonhosa.

>>>Leia introdução de Terror Global, de Demétrio Magnoli

O texto limpo, as frequentes digressões no tempo e a opinião franca do sociólogo mantém, definitivamente, a leitura instigante e obrigam a constante revisão de valores.

Seja bonzinho e curta a página do deborando ;) no Facebook!

Lançado em 2008, o título está esgotado. No entanto, pode ser encontrado em uma das simpáticas máquinas de livros, instaladas nas estações do Metrô da cidade de São Paulo.

Gostou? Leia também
Black divas Elza Soares e Gaby Amarantos
se apresentam juntas no Sesc Pinheiros

Second Life: Rede social em 3D está realmente de volta?
O passado e o presente de 6 top galãs dos anos 1980
Livro retrata beleza de casas em árvores para adultos
Sem Tony Scott, filme Fome de Viver completa 30 anos
Grupo a-ha ganha mostra fotográfica em Londres
Museu Casa da Xilogravura reúne mais
de 3 mil obras em Campos do Jordão

A partir de 100 filmes, livro reconta
história da ficção científica no cinema

Belo corpo do músico Adam Levine “causa”… mais uma vez
Com GIFs animados, Paolo Čerić dá vazão à criatividade
Editora Taschen ganha loja na cidade dos Simpsons
Stormtroopers como você (possivelmente) nunca viu
6 incríveis must-haves para 2013

Debora de Lucas


//

W3Counter

Três motivos para respeitar Pearl Jam

Nunca fui fã do Pearl Jam. Não conheço bem a discografia da banda. Da turma do movimento grunge, sempre gostei mais do Nirvana. Enquanto as minhas amigas desmaiavam pelo Eddie Vedder, eu era louca pelo Axl Rose, do Guns N’ Roses. No entanto, se pudesse, assistiria a um dos shows que a banda realizará no Brasil até 11 de novembro.

Da esquerda para a direita, Stone Gossard (guitarra), Mike McCready (guitarra), Jeff Ament (baixo), Eddie Vedder (vocais) e Matt Cameron (bateria) compõem o Pearl Jam/Divulgação

O tempo me mostrou o quanto subestimei o grupo. Depois de mais de vinte anos de estrada, Vedder, Mike McCready, Stone Gossard, Jeff Ament e Matt Cameron são a melhor encarnação do espírito rock ‘n’ roll. Não o da associação idiota com sexo e drogas, mas sim, o do estilo de vida coeso com as canções que apresentam. Ou seja, os caras não moram em castelos, nem cobram R$ 1 mil por um ingresso.

Nascida dos escombros do Mother Love Bone, a banda de Seattle se formou em 1990 e lançou seu primeiro disco um ano depois. “Ten” não emplacou em 1991, mas sim, em 1992. Com as canções “Jeremy”, “Oceans”, “Alive”, “Even Flow”, “Porch” e “Black”, o grupo se tornou um sucesso nos Estados Unidos e no mundo.

Não gostamos de assédio; não queremos a Ticketmaster
Porém, o quinteto não curtiu o assédio da mídia e, após o segundo disco de estúdio – “Vs” (1993) –, começou a se afastar da imprensa e concentrar suas energias nas apresentações ao vivo. A aversão chegou ao ponto dos integrantes se recusarem a gravar videoclipes. Eles acreditavam que os vídeos atrapalhavam a audição de suas canções.

"Even Flow", "Alive", "Jeremy", "Porch" e “Black” fazem parte do álbum "Ten" (1991)/Reprodução

“Even Flow”, “Alive”, “Jeremy”, “Porch” e “Black” fazem parte do álbum “Ten” (1991)/Reprodução

Em 1994, o grupo arrumou uma briga feia com a Ticketmaster. Quando descobriu que a empresa cobrava uma taxa administrativa – repassada aos espectadores – sobre os ingressos, a banda decidiu boicotar a companhia.

A rixa foi levada à justiça americana e durou quase um ano e meio. Durante esse período, Vedder e seus comparsas se apresentaram em pequenos estádios. Como os fãs começaram se queixar da dificuldade para comprar entradas e ir aos shows, o grupo teve que voltar atrás.

Hoje, o Pearl Jam e a Ticketmaster “fizeram as pazes”. No entanto, a disputa entre os roqueiros e a gigante entrou para a história da música.

Rock e política se misturam?
Sem colocar a música em segundo plano, o Pearl Jam consegue expressar as suas opiniões políticas. Como a maioria dos artistas norte-americanos, os caras são democratas.

Em 2005, criticaram publicamente a atuação do então presidente republicano George W. Bush. Ainda no mesmo ano, fizeram um concerto para arrecadar fundos para a campanha presidencial do candidato democrata Jon Tester. Além disso, participaram de shows em prol  das vítimas do 11 de setembro e do furacão Katrina.

Discos ao vivo
Lançaram mais de 70 álbuns ao vivo no formato bootleg. A banda percebeu que os fãs apreciavam gravar suas performances. Por conta disso, começou a oferecer bootlegs oficiais. Porém, a medida não proibiu que os espectadores continuassem gravando seus próprios áudios.

Ops! Nessa brincadeira, eu já escrevi quais são os três motivos para respeitar o Pearl Jam. Tudo bem, hoje vou fazer algo diferente. Vou lhe contar quais as minhas três músicas favoritas da banda.

***

1 – “Oceans”


Do álbum de estreia, “Ten” (1991). Foi a primeira música do Pearl Jam que eu realmente gostei.

2 – “Jeremy”


Também do “Ten”. Prestei atenção porque a música e o clipe foram baseados na história real de um estudante norte-americano que se suicidou com um tiro em sala de aula e em frente aos colegas. Pode parecer estranho, mas nos anos 1990, ninguém ia armado à escola.


3 – “Do The Evolution”


Marcou o meu reencontro com a banda. Do álbum “Yield” (1998), me mostrou que – mesmo depois do apogeu do grunge – eu ainda gostava da coisa. Sem contar que percebi que minhas amigas estavam certas… o Eddie Vedder era gatinho bem.


Pearl Jam | Site oficial

www.pearljam.com

Ingressos para concertos no Brasil
www.ticketsforfun.com.br


Gostou? Então, leia também

Festival Cine Favela convida internautas para abertura oficial
Maitena se cansa de desenhar e lança primeiro romance
“Contágio” expõe mazelas da humanidade em 1h46
“Missão Madrinha de Casamento” não é versão de “Se Beber, Não Case!”

Romance de João Ubaldo retrata luxúria sob a ótica feminina

Três motivos para ver (ou rever) “Sid e Nancy”

20 anos: “Achtung Baby” reinventou e amadureceu U2
Lady Gaga: Não se espante se ela lançar um linha de iogurtes
Dá para comprar CDs baratos e originais na Paulista? Sim, saiba como
CD e DVD de Iggy & The Stooges a preço de banana…

Debora de Lucas


//

W3Counter

Crie um website ou blog gratuito no WordPress.com.