Kristen Stewart e seu lado B

Quem imaginaria que um dos relacionamentos mais invejados de Hollywood pudesse ficar por um fio? Na semana passada, o caso que a atriz Kristen Stewart manteve com o diretor de cinema Rupert Sanders durante as filmagens do longa Branca de Neve e o Caçador foi revelado pela imprensa norte-americana.

Kristen Stewart no tapete vermelho do Oscar em 2010/Sgt. Michael Connors/Wikimedia Commons

O resultado do flamejante affair entre a jovem de 22 anos e o cineasta casado de 41 foi o rompimento do namoro entre a estrela e o ator Robert Pattinson, 26.

Abalado, o astro deixou a casa onde os dois viviam e se recusa a conversar com Kristen. Arrependida, a atriz pediu desculpas publicamente e tenta reatar o romance.

Bem, esse é um triste capítulo da história da moçoila. Sempre apontada como tonta, inexpressiva, relaxada e desglamourizada pela mídia, o lado B da estrela foi finalmente revelado.

Bella x Kristen
Não que a jovem escondesse seu verdadeiro eu. O problema é que o público e a imprensa acreditaram que a atriz fosse Bella Swan, a protagonista da Saga Crepúsculo, fora das telonas.

A fantasia da garota meiga e loucamente apaixonada pelo vampiro Edward Cullen (Pattinson) foi explorada nos livros da escritora Stephenie Meyer e reforçada nos cinco filmes da franquia – o último, Amanhecer – Parte 2, será lançado em 16 de novembro.

Se a coletividade botou fé na representação, isso demonstra que Kristen é uma grande artista.

Essa confusão entre personagem e personalidade é recorrente em Hollywood, e a associação é geralmente desastrosa. Ela fez do ator Mark Hamill apenas Luke Skywalker e limitou a atriz Maria Schneider (1952 – 2011) à eterna Jeanne, de Último Tango em Paris (1972).

O lado B de Ingrid Bergman
Provavelmente, o pior caso foi o de Ingrid Bergman (1915 – 1982). Quando a estrela de Casablanca resolveu terminar o casamento de dez anos para assumir o relacionamento com o diretor Roberto Rossellini (1906 – 1977), foi crucificada e perseguida pela mídia e pelos fãs que viram a atitude como um arroubo.

Ingrid Bergman contou suas verdades em uma autobiografia/Reprodução

No entanto, em sua autobiografia – Ingrid Bergman, História de Uma Vida (Editora Francisco Alves), a atriz revelou que a relação com seu primeiro marido, Petter Lindstrom (1907 – 2000), estava desgastada e que ela havia pedido o divórcio três anos antes de conhecer o cineasta italiano.

Ou seja, a separação só se tornou um escândalo porque a sociedade – com suas meias verdades e suas idealizações – a fez assim.

Em seu livro, Ingrid desconstruiu a imagem de mulher perfeita criada pela indústria cinematográfica, falou sobre as perigosas engrenagens do meio e expôs as suas verdades, o seu lado B.

A partir dessa exposição, é possível que Kristen Stewart não estivesse tão feliz com Robert Pattinson. Que, talvez, o envolvimento com o diretor tenha sido realmente um deslize. Quiçá, uma infeliz jogada de marketing.

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Nunca saberemos a verdade. Independente do desfecho da história, a estrela saiu ganhando porque se libertou, ainda jovem, de seu limitante simulacro.

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Debora de Lucas


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traição.com: infidelidade ganha aliados na internet

“Aconteceu o seguinte: Vânia finalmente cedeu e concordou em se encontrar com Rogério em um apartamento em Copacabana. Mas insistiu na segurança absoluta. Ninguém poderia vê-la chegar ou sair do prédio. Se o seu marido descobrisse, se o seu marido sequer desconfiasse… Rogério jurou que ninguém a veria.”

O primeiro parágrafo da crônica “Zona Norte, Zona Sul”, de Luis Fernando Verissimo, ilustra qual era o conceito de infidelidade antes do advento de salas de bate-papo, mensagens instantâneas, e-mails e sites de relacionamento. Para trair, o encontro físico era fundamental. Sem ele, as suspeitas eram tão inconsistentes quanto castelos de areia. Mas, nos dias de hoje, as coisas estão bem diferentes.

Hollywood adora tramas cheias de traições e triângulos amorosos. No filme “Infidelidade” (2002), a dona de casa Connie Sumner (Diane Lane) tem um caso com o artista plástico Paul Martel (Olivier Martinez)/Divulgação

“Amor, I love you”
Mensagens eletrônicas românticas, conversas eróticas pelo MSN, navegação em sites pornográficos ou recados de duplo sentido podem, se interceptados pelo parceiro, causar brigas e até rompimentos definitivos de casais. De acordo com grandes escritórios de advocacia da cidade de São Paulo, cópias de e-mails e mensagens do Orkut, Facebook e Messenger são apresentadas em 90% dos pedidos de separação.

Os mais liberais ou os “cucas-fresca” podem considerar a atitude extremada, mas a Psicologia explica que o envolvimento amoroso sem sexo – a infidelidade emocional ou branca – tem o mesmo poder devastador do que um dos cônjuges flagrar o parceiro na cama com um amante. Uma pesquisa apresentada na conferência anual da Sociedade Britânica de Psicologia, em 2006, confirma a análise. Segundo o estudo, para 84% dos entrevistados, relacionamentos amorosos virtuais são uma forma de traição.

Além da Psicologia e da opinião pública, a Justiça brasileira também enquadra o flerte on line como infidelidade. O Código Civil prevê a fidelidade como um dos deveres do casamento ou de uniões estáveis e, atualmente, a jurisprudência já entende que a traição pode ocorrer tanto por meio de contato sexual de um dos cônjuges com uma terceira pessoa ou por comportamentos inadequados mesmo que não cheguem ao contato físico ou à relação sexual.

Nos EUA, as salas de bate-papo se tornaram uma das causas mais frequentes de separação. Um estudo desenvolvido entre 2001 e 2002, pela Universidade da Flórida, já apontava que a internet se tornaria a forma mais comum de infidelidade. Para Al Cooper – autor de “Sex and the Internet: A Guide Book for Clinicians” (Sexo e a Internet: Um Guia para os Clínicos, em tradução livre) -, os casais precisam ser alertados de que inocentes “xavecos” virtuais geralmente terminam em divórcios.

traição.com?
Para quem ainda não se convenceu de que a infidelidade ganhou aliados na internet, vou lembrar da história da romena Geta M. Em 2005, a mulher de então 45 anos pediu divórcio do marido após encontrá-lo acessando pornografia na rede. Apesar dos 23 anos de casamento, Geta alegou que a atitude do companheiro se configurou em adultério virtual. A romena disse à Corte de seu país que não poderia continuar casada pois se sentia traída pelo marido.

Não é o bastante? Então, por 20 minutos, fantasie que o seu grande amor está envolvido com um novo (a) “amigo” (a) da web. Imagine-o (a) passando três horas a fio no Twitter com um estranho (a), escrevendo DMs (direct messengers) amorosas, se perdendo em dezenas de páginas de sexo virtual, usando o perfil do Facebook para fazer declarações don juanescas (a la Carmen, de Bizet) ou receber recados suspeitos… O que você sentiu? Isso agora é infidelidade para você? Se não for, vamos combinar que a Vânia e o Rogério, de Verissimo, foram à Copacabana brincar de casinha.

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Debora de Lucas


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